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20 agosto 2013

Resenha Filme's: Wolverine - Imortal (EUA - 2013)



Filme: Wolverine - Imortal (EUA - 2013)
Diretor: James Mangold

Apesar de nunca ter sido aquele típico garoto dos quadrinhos sempre gostei da saga X-Men. Acompanhava essa série pelo modo mais superficial, nas manhãs da globo com o desenho animado.

Então, quando o cinema finalmente descobriu o quanto as histórias em quadrinhos poderiam render nas bilheterias, X-Men foi o que eu mais aguardei. E realmente a minha ansiedade foi compensada, porque eu simplesmente adorei os filmes.

Assim como nos quadrinhos e nos desenhos animados na TV, uma coisa também que eu gostava bastante era quando essas séries cheios de super-heróis eram esquartejadas e haviam episódios individuais mostrando a realidade de cada mutante. Isso tornava a coisa ainda mais interessante. Então tínhamos os desenhos com todo mundo junto, e também tínhamos os paralelos.

E esse filme é exatamente isso! É um recorte da vida do misterioso Wolverine.

O filme começa com Wolverine preso em um buraco pelo exército japonês em Hiroshima (nada se explica de como ele foi parar lá) e , quando a bomba atômica é lançada lá ele salva a vida de um soldado. Muitos anos se passam e Wolverine está isolado nas montanhas, no período pós-traumático dele ter matado o amor da vida dele (Jean, a Fênix Negra) que foi retratado no último filme da triologia X-Men, o X-Men 3 - O Confronto Final (EUA - 2006).

Então o japonês que ele salvou a vida velho e doente (e o homem mais poderoso da Ásia) o chama para se despedir. E lá, como todo anúncio da sessão da tarde, ele embarca numa grande aventura cheia de ação.

Calma, o filme passa longe de ser sessão da tarde, só não quero dizer nada sobre ele pra não acabar com a surpresa. Mas o filme é muito bom! Para quem é fã de Wolverine principalmente vale muito à pena pagar o ingresso. Devo ter gostado do filme principalmente porque estou lendo Xógum, um livro que retrata a cultura dos samurais na época do descobrimento, e ainda estou fascinado por aquela cultura. E muitos destes costumes são retratados no filme. Este aspecto me prendeu bastante.

A linda Tao Okamoto como a herdeira do clã Yashida
Amolecendo o duro coração de Wolverine

Outra coisa que chamou muito minha atenção foi a beleza estonteante da atriz Tao Okamoto, que faz papel da herdeira do clã Yashida, e que realmente convence o público do porquê, de certa forma, Wolverine se mete em uma briga que não pertence a ele.

Enfim, bom roteiro, ótimos efeitos, Wolverine mais vulnerável, ninjas, samurais, espadas, toda a fórmula para um bom filme. Saí super satisfeito da sala de cinema!

Assista no vídeo abaixo trailer do filme Wolverine - Imortal:

16 agosto 2013

Resenha CD's: Neil Young & Crazy Horse - Live Rust (1979)



Banda: Neil Young & Crazy Horse
Álbum: Live Rust
Ano: 1979
Gravadora: Reprise Records

Fazia um bom tempo que queria escrever sobre alguma coisa do Neil Young. Esse coroa, que é uma das maiores lendas vivas do rock, que teve uma das discografias mais consistentes e marcantes da década de 70, e que, com todos os seus altos e baixos, sempre conseguia, como uma fênix, ressurgir das cinzas com algum álbum maravilhoso, é hoje o músico que eu mais escuto. Talvez ele seja o único cara que ainda me faz tocar guitarra imaginária (isso quando estou sozinho em casa, obviamente).

A primeira vez que eu ouvi falar desse cara foi durante a terceira edição do Rock In Rio, lembro de todo o burburinho na mídia especializada sobre o show desse cara. Uma lenda, o pai do grunge, Kurt Cobain citou a letra dele em sua carta de suicídio, putz, onde esse cara andava que eu nunca ouvi falar dele? - pensei.

Infelizmente a Globo, na época, transmitiu apenas duas músicas dele, mas isso já foi o suficiente para me arrebatar. Lembro muito nitidamente aquele bando de velhote cheios de atitude mandando ver tocando "Sedan Delivery". E na semana seguinte, quando a revista Bizz chegou às bancas, eu procurei o nome do Neil Young na relação top 10 dos melhores shows eleitos pelos jornalistas e não encontrei. Embaixo da lista tinha apenas um asterisco com a mensagem:

 *Neil Young não conta porquê Neil Young é Deus!

E daí comprei o álbum Harvest (1972) e esse músico nunca mais saiu da minha vida nem de meus ouvidos...

Enfim, hoje vou escrever um pouco sobre esse que é considerado um dos melhores registros ao vivo de rock que se tem notícia. 

No final da década de 70, Neil Young lança o projeto Rust que consistia basicamente em gravar um álbum chamado Rust Never Sleeps (1979), e deste disco registrar em filme/show. Sendo que Rust Never Sleeps foi gravado ao vivo, mas em estúdio tiraram o som do público (que mesmo assim você escuta bem baixo se ouvir o disco com fones de ouvido num som bem alto).

Assim como no Rust Never Sleeps, a primeira parte desse show é acústica com canções lindas e singelas (com direito a gaita e tudo que um fã de folk tem direito) como "Sugar Mountain", "I Am A Child", a linda "Comes a Time", a clássica "My My, Hey Hey (Out Of The Blue)" e a bela e triste "The Needle And The Damage Done" tocada debaixo de uma tempestade, enfim, uma delícia de ouvir.

Já na segunda parte o rock come solto, com um Neil Young e seu Crazy Horse hipnotizando o público com "Sedan Delivery", "Powderfinger", a clássica do álbum Zuma (1975) "Cortez The Killer", "Cinnamon Girl", "Like a Hurricane" e terminando com "Tonight's The Night".

Esse registro faz um passeio por quase todos os álbuns que Neil gravou até então. Para quem quer conhecer ele de uma forma mais geral recomendo demais este disco, até porque ele tocando com o Crazy Horse tem sempre um tempero especial.

Neil Young & Crazy Horse

Depois deste disco ele entrou numa fase bastante infrutífera em sua carreira, se deixando levar pela tecnologia de estúdio oitentista, deixando de lado suas raízes e fazendo discos tão ruins que chegou a ser processado pela gravadora por "falta de criatividade". É sério, podem pesquisar!

O cara consegue ressuscitar na década de 90, e até hoje ele e seus inseparáveis amigos do Crazy Horse ainda conseguem, apesar da idade, serem férteis como garotos cheios de virilidade musical. E futuramente espero ter o prazer de escrever sobre estes inúmeros álbuns.

A PREDILETA:

Muita gente que conhece Neil Young vai torcer o nariz pela minha escolha. Tem clássicos neste Live Rust que eu só gostaria de destacar quando comentasse os álbuns de estúdio. Apesar de viajar na parte elétrica deste show, gostei muito da acústica "Lotta Love" - uma música bela, singela, extremamente setentista, com direito a lálálá's e huuhu's como refrão. Ela é de um disco dele chamado Comes A Time (1978) e que muitos consideram uma obra mediana na carreira do cantor. Enfim, Neil Young consegue ser musicalmente selvagem como um índio desbravador e, ao mesmo tempo, delicado como a sombra de uma árvore na beira de um riacho, que é o caso desta música.


Ouça no vídeo abaixo a linda "Lotta Love":

05 agosto 2013

Resenha (Filme's): Guerra Mundial Z (EUA - 2013)



Filme: Guerra Mundial Z (EUA - 2013)
Diretor: Marc Forster

Se você é daqueles que não gostam de jeito nenhum de filme de zumbi, ou procuram um texto sobre um filme apenas para saber mais profundamente sobre os bastidores dos filmes, o que rolou por trás das câmeras, informações detalhadas sobre o histórico dos diretores e atores, descrição técnica do tipo de fotografia da imagem, enfim, se você é um profundo estudioso do cinema ou detesta filmes de zumbi, pode parar de ler agora e procurar um blog de alguém mais especializado.

Agora, se você é aquele cidadão comum que acha o ingresso do cinema caro e, quando vai ao cinema quer fazer valer cada centavo, e quer apenas ler um comentário de um cara comum igual a você dizendo se vale ou não à penas ver tal filme pelo filme em si, sem rodeios, então bem-vindo!

Existem duas formas de você construir um argumento para filmes de zumbi. O primeiro (e menos usado) é o espiritual. Explicar o porquê do zumbi existir por conta das forças do mal agindo na mente dos homens e tal - a outra, bem mais popular, é no campo científico, mais precisamente um vírus destrói o cérebro humano deixando apenas funcionando os instintos mais básicos, como comer, respirar, etc.

Guerra Mundial Z tem um bom argumento. Ao que parece, demorou muito para ser concluído devido a atritos de idéias entre Brad Pitt (principal estrela do filme), diretor e roteiristas. Mas a meu ver o resultado ficou muito bom. Devo ter lido em algum lugar que foi o filme de zumbi mais caro da história, e tô com muita preguiça no momento para ir atrás da veracidade desta informação.

Como o próprio título do filme sugere, a pandemia do vírus zumbiral (expressão minha) toma proporções mundiais, contaminando as principais cidades no mundo. E é aí que nosso herói (Brad Pitt) entra, como um ex agente da ONU que, com o apoio do exército americano, sai numa jornada em busca da solução deste problema.

Por ter muitas cenas abertas e durante o dia tive receio de não ter o mesmo efeito do formato mais clássico dos filmes de zumbis - corredores de prédios sem saídas à noite, e luzes falhando nos corredores.

Apesar de em certos momentos haver contextos assim, nas cenas abertas a tensão é a mesma. É quase como se fosse uma brincadeira de jô-ajuda do mal, do tipo: eu te mordo, te transformo em zumbi, e tu me ajuda a pegar o resto da galera.

A estética dos zumbis estão incríveis. E particularmente quando eles estão juntos, meio que formando uma verdadeira onda de zumbis engolindo tudo que vem pela frente é de arrepiar.

Então é isso desocupado leitor, temos aí um bom filme de zumbi, com ótimos efeitos, ótimas maquiagens e principalmente, um roteiro que minimamente dá um sentido coerente ao circo todo.

Assista no vídeo abaixo ao trailer do filme Guerra Mundial Z: